terça-feira, 18 de junho de 2013

O que a Igreja de Conselheiro Pena, Paróquia São Jose espera dos vicentinos?


 Um dia desses aí, convidamos o padre Sebastião do Carmo para dar uma palestra pra nos vicentinos e dizer o que a Igreja espera de nos vicentinos. E ele resumiu nestes 10 itens:   1-    Convocar, tipo convite, todos os vicentinos de nossa paróquia para um encontrão. O importante é a qualidade e não a quantidade.
 2-    Promover 03 dias de oração diante do santíssimo. A oração fortalece a fé e alimenta o ânimo para o trabalho.
 3-    Reorganizar o Conselho (sem medo e cabeça erguida).
 4-    Reunir e catalogar todas as Conferências, de modo esperar seus Coordenadores.
 5-    É necessário ver quantos jovens e adolescentes têm escritos na SSVP.
 6-    De cabeça erguida resgatar a confiabilidade da SSVP em Conselheiro Pena.
 7-    Devemos aprender com os erros e não abaixar a cabeça.
 8-    Devolver a SSVP, além da credibilidade e confiança, o carisma da pobreza e a espiritualidade da humildade, cortar ou desmistificar pessoas que prejudicam a mesma.
 9-    Santo Agostinho diz: “no essencial unidade, em algumas coisas liberdade, em tudo caridade”.Nem por isso aceitar tudo que acontece, para isto existe regra e ordem.
 10-          
Espero que a SSVP seja o que foi dentro da paróquia – excelente, respeitada, trabalhadora, caridosa.

UM CORAÇÃO VICENTINO


“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Este é o primeiro Mandamento da Lei de Deus.
 Paulo nos ensina que a fé sem obra é uma fé fraca, é uma fé morta.
Apesar da violência com que perseguia os cristão e até mesmo ao próprio Cristo, Paulo, após sua conversão e arrependimento, tornou-se ao mais fiel aliado, combatendo desta vez a fome, a miséria e ao paganismo.
Freqüentar a igreja, ir às missas aos domingos, confessar, comungar, é muito bonito, faz bem e é um dever do cristão.
Deus quer mais. Deus quer um católico completo. Para exercer a fé católica é preciso fazê-la com plenitude. Não é o bastante dizer: - “eu sou católico”. É preciso professar esta fé. É preciso estar contido, ser o centro.
Ser católico consiste também em ser missionário, não um simples ouvinte. O exemplo de Paulo é doar-se, primeiro a Deus depois ao irmão. “Tive fome e não me deste o que comer”. Jesus disse estas palavras exatamente para aqueles que ignoravam e hostilizavam os humildes, que além do infortúnio da própria sorte, eram maltratados pelos afortunados.
A vida só tem sentido quando há doação, há entrega, há prazer no ajudar. Isso é benévolo para quem faz e agradável à vontade e aos olhos de Deus.
É preciso que o Evangelho chegue a todos e com ele o alimento. Que sua ajuda seja voluntária, seja feita gratuitamente, sem pedir nada em troca. Não deixe que a comodidade tome conta de você. Seja um missionário dos pobres.
Eu vejo, na pessoa do vicentino, um Paulo, em dois sentidos:
1º - O Paulo guerreiro, que vai à luta, destemido.
2º - O Paulo transformado, cheio de amor divino, defensor dos pobres e oprimidos.
Na sua segunda carta aos coríntios, Paulo foi subjugado pelos membros da igreja da cidade de Corinto. Diziam que ele não era realmente um apóstolo e não tinha autoridade para resolver os problemas da igreja.
Paulo reage às insinuações e se defende dizendo ser o verdadeiro apóstolo de Cristo.
Ele fala sobre a necessidade da ajuda aos cristãos menos favorecidos da Judéia,
(Coríntios 8, 1-7 e 9, 1-15).

Paulo era severo, mas ao mesmo tempo carinhoso. Tinha um coração maior que ele mesmo.
Se bem observarmos, Paulo já incentivava a distribuição de alimentos, as ofertas para os pobres.
“E com tanta boa vontade pediram com insistência que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da Judéia e eles insistiram nisso. E fizeram muito mais de que esperávamos. Primeiro eles deram a si mesmos ao Senhor e depois, pela vontade de Deus eles se deram a nós também. De modo que pedimos a Tito, que começou a recolher essas ofertas, que continuasse e ajudasse vocês a completarem esse serviço especial de amor. Vocês mostram que, em tudo, são mais ricos do que os outros: na fé, na palavra, no conhecimento, na vontade de ajudar os outros e ao nosso amor por vocês. E nesse novo serviço de amor queremos também que façam mais do que os outros.”
Paulo incentivou e administrou a coleta. Abraçaram aquela causa com tanto amor que se entregaram primeiro a Deus, depois ao próximo.
Aliado a esta nobre causa, surgem em maio de 1833 as Conferências São Vicente de Paulo, fundadas por Frederico Ozanam e mais seis companheiros.
“Em 1941 casa-se com a jovem Amélie Soulacroiix. Frederico Ozanam é, portanto um homem profundamente inserido ao seu tempo. Marido e pai, professor e literato, leigo comprometido, vive as diferentes dimensões da sua existência, com a mesma paixão e generosidade: vai pessoalmente aos bairros pobres de Paris e de outras cidades, promove a expansão das Conferências vicentinas no mundo.” (Biografia 1813-1853)
De forma que, ser vicentino é bonito, mas não é fácil. Às vezes lhe batem a porta na cara, dizem-lhe coisas que não desejaria ouvir. Porém, a graça de Deus é mais forte e é tão grande que todo insulto, toda indiferença, hostilidade e insensibilidade são nada diante da necessidade daqueles que esperam pelas doações para lhes matar a fome.
É um trabalho árduo, porém prazeroso.
Há pessoas que não fazem esse tipo de trabalho, contudo têm um coração generoso, abraça a causa de outra forma: doam os gêneros para serem distribuídos. Esta atitude os torna indiretamente vicentinos.
Deus o convida para por a mesa, para repartir o pão. Procure uma das Conferências. Recolha ou doe alimentos não perecíveis. Então poderá ouvir de forma invertida a frase de Jesus: tive fome e me deste o que comer.
Disponibilize horas improfícuas para ajudar os nossos irmãos carentes.
Siga os exemplos de Paulo e Ozanam.

“Temos aprendido que a vida não é um lugar de repouso” (Frederico Ozanam)

Acolhimento


Diante da perplexidade pela qual a humanidade vem passando, é preciso colocar o ser humano no centro das atenções. A ciência, a tecnologia e as máquinas são importantes.
Disto nós não temos dúvida. Porém manejados por pessoas desqualificadas. É preciso, neste sentido haver uma integração. O homem de hoje tem que ser criativo e habilidoso. Ele precisa ter clareza naquilo que ele vai fazer. Ter conhecimento das coisas que estão surgindo.
Numa loja porque acontece a queda de vendas?
Basta o gerente maltratar um cliente para passar uma imagem negativa da empresa. A notícia corre e a venda cai. Um atendedor sempre de mal humor causa prejuízo. Segundo os especialistas uma pessoa bem atendida conta á experiência para dois ou três. Uma pessoa mal atendida conta para oito ou dez, e assim sucessivamente.
O homem de hoje sonha com a paz e a harmonia. São desejos da atualidade. A pessoa precisa se sentir pessoa. Para isto ela precisa ser bem acolhida. Colocar na porta dos templos pessoas para fazer o trabalho de recepção. Apresentar os visitantes a toda comunidade. Quando não há esta acolhida não cria laços. Se a pessoa vai ao supermercado, á igreja e não é bem acolhida, ela volta vazia. Ela se sente isolada. A acolhida está em primeiro lugar.
As conferências devem se lembrar que não deve apenas aguardar quem a procura, mas deve ir ao encontro do outro com espírito evangélico e coração aberto.
Importância especial seja dada ao acolhimento ás pessoas. Para isso, algumas medidas podem ser postas em prática: “Visitas Domiciliares”. Independente se o momento é marcado pela tristeza ou alegria; sempre ter uma postura acolhedora, alegre e disponível, por parte do presidente e demais agentes da conferência.

Pistas concretas para fazer uma boa acolhida:

1-      Ter uma boa preparação da equipe de frente (secretarias, presidentes, tesoureiros)
2-      Fazer o jogo do corpo-a-corpo para convidar a comunidade para participar das conferências e movimentos, não ficando somente nos avisos.
3-      Para divulgação sugerimos o seguimento: utilizar camisas, folhetos, cartazes, muros, faixas, bonés e etc.
4-      Disponibilidade de escutar as pessoas (sabendo a hora certa de ouvir e falar).
5-      Fazer intercâmbios entre Conselhos.
6-      Fazer visitas domiciliares.
7-      Criar equipe que possam fazer o acolhimento.
8-      Melhorar o ambiente físico de nossas conferências.
9-      Convidar pessoas especializadas sobre o assunto para ministrar cursos.
10-  Envio de cartas nos momentos fortes da existência como: celebração de sacramentos, nascimentos, morte, aniversário...
11-  Ser mais dinâmico nas reuniões.


Tem tudo a ver com o acolhimento: dedicação, conhecimento, treinamento, força de vontade, motivação, aperfeiçoamento, lealdade, companheirismo, competência, fazer bem feito, atender bem, cumprir horário, evitar lamentações, evitar desperdício, evitar individualismo, evitar panelinhas e fofocas, trabalhar com amor, criatividade, rapidez nas tarefas, simplicidade, união entre as conferencias, organização e disciplina, inovação constante, evolução e crescimento, eliminação da improvisação, preparar bem os trabalhos, manter uma boa auto-estima, trabalhar sempre com alegria, bom-humor e avaliação, enfim, acolha para ser acolhido.

Ser vicentino na igreja



Segundo o regulamento em seu Artº 12 pag. 95, diz que para sermos proclamados confrades ou consocias, devemos ser católicos praticantes, então vejamos o que é ser católico praticante, segundo os mandamentos da igreja que são:
1.     Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda.
2.     Confessar-se ao menos uma vez por ano.
3.     Receber o sacramento da Eucaristia, pelo menos na Páscoa.
4.     Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja.
5.     Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades.
Devemos ser fiéis a estes mandamentos e estarmos sempre em sintonia com a igreja, somos católicos por que somos cristãos. E se somos vicentinos é por que somos catolicos.
A SSVP apesar de ser uma entidade com estrutura própria deve estar ligado com a igreja de acordo com o regulamento em seu arti 5.1 pag 29, devemos colocar o Padre a par de tudo que acontece nas conferencias e conselhos, somos igrejas sendo vicentinos, afinal Ozanam ao fundar a SSVP foi defender a igreja dos ataques dos ateus e protestantes, e colocou como patrono São Vicente um Padre.
Se estamos ligados a igreja estamos ligados a cristo, pois o próprio cristo fala: “ Eu sou a videira e vos sois o ramos, permaneceis em mim”  (Joao 15, 1 a 7).

O carisma da SSVP fortalece este elo de ligação com a igreja de cristo, cada movimento e pastoral com seu dom cada um se colocando a serviço, mas o mesmo Deus que caminha com todos. (Romanos 12, 4 a 8).

Choque de vicentinismo



         Algumas conferências estão precisando de um verdadeiro “choque de vicentinismo”, se não agirem assim, correm o sério risco de um curto circuito, vindo a fechar suas portas em breve. Como podem seus membros ainda praticarem uma forma antiquada de caridade, limitada a entrega de gêneros alimentícios? Será que esses confrades e essas consocias não percebem que esse “Modus Operandi” afasta os aspirantes e condena o trabalho da Conferencia ao fracasso?
         Esse choque é bem vindo, ainda mais dentro do novo contexto do projeto “mudança sistêmica”, que procura auxiliar a SSVP e os demais ramos da família Vicentina a serem mais eficientes na promoção humana e na redução da pobreza. Como podem essas Conferencias continuarem a agirem de forma mecânica quando temos essa bela proposta da “Mudança sistêmica”?
         É lamentável ver que a rotina tomou conta de algumas conferencias.
É triste constatar que os confrades e as consocias estão acomodados e já não fazem nada além da costumeira entrega de sacolas de alimentos as mesmas famílias socorridas há cinco ou dez anos. E o pior: ainda se gabam de “fazer caridade”, procurando obter “boa reputação” na paróquia.
         Mas será que estão “fazendo a diferença”? Será que as conferencias estão agindo superando as expectativas? Será que estão abusando da criatividade?
Se sua conferencia esta estagnada, se o resultado das votações é sempre “não”, se as coletas estão fracas, se não entram novos membros, se existe uma ala de vicentinos “sempre do contra”, enfim, se seu grupo caminha para o fechamento, você tem duas opções: trocar de Conferencia (o que resolve o seu problema, mas não o problema do grupo) ou permanecer na conferencia porem buscando renová-la com novas iniciativas e idéias. Seja você o principal responsável por esse novo ardor que chamei de “choque de vicentinismo”.
         Como acontece esse “choque”? Em minha opinião, esse movimento dura quatro reuniões. Você irá convidar vicentinos mais experientes, vividos, para visitarem a sua Conferencia para abordar vários temas.
Na primeira reunião, trazer a baila lembrança dos nossos fundadores (Ozanam, Bailly e os outros companheiros) e do nosso inspirador (São Vicente de Paulo). No segundo encontro, o tema seria a antropologia do pobre e como nós, vicentinos, podemos compreendê-los e ajudar. A terceira reunião seria calcada na caridade evangélica (Cristo), e na ultima num estudo comparativo sobre a situação socioeconômica e regional em que estamos inseridos.
Contudo, nada disso terá valor sem a oração.
         Procure realizar eventos de espiritualidade com foco na santificação das conferencias e de seus membros. Peça ao seu presidente de Conselho Particular que promova uma Hora Santa especial com essa finalidade. Peça ao assessor espiritual que esteja mais presente nos momentos mais delicados do grupo.
         Você verá que as coisas vão mudar, pois essa obra não é nossa, é do senhor que não nos abandona.



Mas faça sua parte. Reaja!